O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) caiu 1,84% em maio, após queda de 0,95% no mês anterior. Com este resultado, o índice acumula taxa de -2,58% no ano e de -4,47% em 12 meses. Em maio de 2022, o índice havia subido 0,52% e acumulava alta de 10,72% em 12 meses.
“A deflação registrada no índice ao produtor (-2,72%), a maior de sua série histórica, foi influenciada pela redução dos preços de cinco grandes commodities, que juntas, respondem por aproximadamente 1/4 do peso total do IPA. Entre essas, vale citar o comportamento dos preços do minério de ferro (de -4,41% para -13,26%) e da soja (de -9,34% para -9,40%)”, afirma André Braz, coordenador dos Índices de Preços.
Com este resultado, o índice acumula taxa de -2,58% no ano e de -4,47% em 12 meses. Em maio de 2022, o índice havia subido 0,52% e acumulava alta de 10,72% em 12 meses.
Mês de
referênciaEvolução
MensalAcumulado
12 mesesmai/23-1,84%-4,47%abr/23-0,95%-2,17%mar/230,05%0,17%fev/23-0,06%1,86%jan/230,21%3,79%dez/220,45%5,45%nov/22-0,56%5,90%out/22-0,97%6,52%set/22-0,95%8,25%ago/22-0,70%8,59%jul/220,21%10,08%jun/220,59%10,70%mai/220,52%10,72%
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 2,72% em maio, ante queda de 1,45% em abril. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais caiu 0,16% em maio. No mês anterior, a taxa do grupo havia subido 0,81%. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de 0,65% para -0,64%, no mesmo período. O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, caiu 0,09% em maio, após alta de 0,80% no mês anterior.
A taxa do grupo Bens Intermediários registrou nova queda agora com menor intensidade, passando de -1,74% em abril para -1,49% em maio. O principal responsável por este movimento foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cujo percentual passou de -1,23% para -0,61%. O índice de Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, caiu 0,64% em maio, contra queda de 1,05% em abril.
O estágio das Matérias-Primas Brutas caiu 6,48% em maio, após registrar -3,20% em abril. Contribuíram para o aprofundamento da queda do grupo os seguintes itens: minério de ferro (-4,41% para -13,26%), milho em grão (-4,33% para -15,64%) e bovinos (2,65% para -3,34%). Em sentido oposto, destacam-se os seguintes itens: soja em grão (-9,34% para -9,40%), leite in natura (1,99% para 3,92%) e suínos (-6,53% para -1,48%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,48% em maio. Em abril, o índice variara 0,46%. Seis das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição partiu do grupo Alimentação, cuja taxa de variação passou de 0,36%, para 0,79%. Nesta classe de despesa, cabe mencionar o comportamento do item hortaliças e legumes, cujo preço variou -0,68%, ante 6,32% na edição anterior.
Também apresentaram acréscimo em suas taxas de variação os grupos: Comunicação (0,21% para 0,91%), Despesas Diversas (0,18% para 0,75%), Saúde e Cuidados Pessoais (1,01% para 1,22%),
Habitação (0,62% para 0,75%) e Vestuário (0,31% para 0,58%). Nestas classes de despesa, vale mencionar os seguintes itens: tarifa de telefone móvel (0,55% para 2,59%), jogo lotérico (0,00% para (8,66%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,59% para 1,54%), gás de bujão (0,09% para 1,61%) e roupas (0,21% para 0,65%).
Em contrapartida, os grupos Educação, Leitura e Recreação (-0,96% para -2,32%) e Transportes (0,85% para 0,50%) registraram decréscimo em suas taxas de variação. Estas classes de despesa foram influenciadas pelos seguintes itens: passagem aérea (-5,59% para -13,29%) e gasolina (2,39% para -0,09%).
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,40% em maio, ante 0,23% em abril. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de abril para maio: Materiais e Equipamentos (0,14% para -0,06%), Serviços (0,65% para 0,64%) e Mão de Obra (0,23% para 0,75%).
O estudo completo está disponível no site.
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Confira todos os resultados do IGP-M em 2023.
O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) é divulgado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE). O indicador foi concebido no final dos anos de 1940 para ser uma medida abrangente do movimento de preços, que englobasse não apenas diferentes atividades como também etapas distintas do processo produtivo. Dessa forma, o IGP é um indicador mensal do nível de atividade econômica do país, englobando seus principais setores.
O IGP possui três versões com coleta de preços encadeada: o IGP-10 (com base nos preços apurados dos dias 11 do mês anterior ao dia 10 do mês da coleta), IGP-DI (de 1 a 30) e o mais popular deles, o Índice Geral de Preços – Mercado, ou simplesmente IGP-M, que apura informações sobre a variação de preços do dia 21 do mês anterior ao dia 20 do mês de coleta.
O IGP-M é utilizado amplamente na fórmula paramétrica de reajuste de tarifas públicas (energia e telefonia), em contratos de aluguéis e em contratos de prestação de serviços.
O cálculo do IGP-M, assim como os outros dois indicadores (IGP-10 e IGP-DI), tem em conta a variação de preços de bens e serviços, bem como de matérias-primas utilizadas na produção agrícola, industrial e construção civil. Dessa forma, o resultado do IGP-M é a média aritmética ponderada da inflação ao produtor (IPA), consumidor (IPC) e construção civil (INCC).
Os pesos de cada um dos índices componentes correspondem a parcelas da despesa interna bruta, calculadas com base nas Contas Nacionais – resultando na seguinte distribuição:
Nesse contexto, o IPA é o indicador que monitora a variação de preços percebidos por produtores, ao passo que o IPC acompanha o comportamento dos preços que impactam diretamente o consumidor final. Por fim, o INCC apresenta os custos para a construção civil, em uma análise que leva em conta a variação de preços de materiais de construção e custo de mão de obra especializada.
O IGP-M é um dos índices componentes de fórmulas paramétricas utilizadas por empresas de telefonia e de energia elétrica, respondendo parcialmente pelos reajustes tarifários desses segmentos. O Índice Geral de Preços – Mercado também é utilizado como o indexador de contratos de empresas prestadoras de serviço de diversas categorias, como educação e planos de saúde. Além disso, o IGP-M se popularizou por ser amplamente utilizado como referência para o setor imobiliário, para o reajuste de contratos de aluguel.
Por seu histórico regular de divulgação desde a década de 1940, o IGP-M também é citado em vários contratos público-privados dos mais variados segmentos. Alguns de seus componentes, como o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), também servem de referência para reajustes de preços.