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Brasília – O Ministério das Cidades e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) firmaram, nesta quarta-feira, Acordo de Cooperação Técnica (ACT) com o objetivo de promover o Estudo Nacional de Mobilidade Urbana.

A proposta é desenvolver projetos que representem melhorias na mobilidade urbana em vinte e uma regiões metropolitanas, entre as quais Rio, São Paulo, Recife, Belém, Porto Alegre, Curitiba, entre outras, com cidades com mais de um milhão de habitantes, para beneficiar cerca de 80 milhões de pessoas.

O Ministério das Cidades é o responsável pela política nacional de mobilidade e gestão e execução das obras de transporte coletivo. O ACT assinado com o BNDES é para melhorar o diagnóstico das regiões metropolitanas e identificar que tipo de ação governamental aquela área precisa.

Para o ministro, Jader Filho, um dos principais problemas da Pasta é apontar onde levar de fato o investimento. Ele deu como exemplo o Programa Minha Casa Minha Vida. Segundo ele, o último levantamento que foi realizado pela Fundação João Pinheiro, foi em 2019, que apontou um déficit de seis milhões de habitações. 

“O que nós podemos fazer é pegar os dados do IBGE e da Fundação João Pinheiro, fazer um cruzamento para que a gente possa chegar no microcosmo do déficit habitacional, entender de fato a situação e, a partir daí, discutir políticas públicas que atendam a fundo déficit habitacional e avancem com as políticas de mobilidade urbana”, afirmou o ministro das Cidades, Jader Filho.

O Novo PAC prevê investimentos de R$ 40 bilhões de reais em políticas de mobilidade. Estimativa da instituição financeira é de que os estudos apontem espaço para investimentos públicos e privados em mobilidade que cheguem a R$ 400 bilhões. Este ano, o BNDES dobrou a carteira de projetos em relação ao ano passado, chegando a 40% de aprovações e 20% de desembolso.

O presidente do BNDES, Aloísio Mercadante, disse que o BNDES espera por projetos bons, bem estruturados, para gerar emprego, gerar investimentos que poderão melhorar a mobilidade urbana, mas também reduzir as emissões dos gases do efeito estufa. Ou seja, este estudo é ao mesmo tempo uma preocupação ecológica e melhorar a qualidade de vida das pessoas.

A proposta é focar ao mesmo tempo no transporte público coletivo de alta e média capacidade e é uma projeção para trinta anos. Envolve metrôs, trens, transportes sobre trilho, trens, metros, BRTs e também VLTs que já temos em várias cidades.

Os estudos envolverão informações do IPEA, assim como de entidades do setor de mobilidade como ANTT, ANPTrilhos, entre outras entidades do setor.

O Secretário Nacional de Mobilidade Urbana, Denis Andia, acrescentou que o acordo de cooperação do Ministério das Cidades com o BNDES é um avanço histórico:

 “Vai permitir que o Brasil desenvolva o transporte público com planejamento e objetividade ao longo das próximas décadas, estruturando projeto e investimentos que vão transformar a mobilidade humana dos brasileiros”, finalizou.

 

Assessoria Especial de Comunicação Social do Ministério das Cidades

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